DESILUSÕES
Elevei meus pensamentos aos céus,
e numa súplica de gemidos inexprimíveis,
pedi a DEUS que me truxesse
numa bandeija de prata,
um pedaço da minha infancia.
E de repente, a saudade,
num turbilhão de visões e delírios,
mostrou-me desprendendo
do álbum da minha vida,
uma foto amarelada de gudes e pipas
e de meninos brincando na chuva.
Pedi uma fotografia
do amor que um dia queimou meu peito,
e senti fluir da brisa mansa que me afagava a face,
o mesmo perfume enfeitiçador,
que numa noite de estrelas e de lua clara,
exalou da pele da mulher sereia,
inebriando-me de volúpias doces,
de encanto afável, de promessas tenras
e depois se foi para seus mares sódidos de diversão,
deixando-me sozinho, de boca muda no cais da vida.
E no meio da solidão da noite,
pedi, numa prece aflita, para sentir
de novo aquele perfume: meu éter de existir -
mas não tive resposta alguma.
Nem um eco. Nem um reflexo.
Então entendi que as coisas enterradas
sob a lápide do desprezo,
jamais devem ser trazidas ao sol!
Elevei meus pensamentos aos céus,
e numa súplica de gemidos inexprimíveis,
pedi a DEUS que me truxesse
numa bandeija de prata,
um pedaço da minha infancia.
E de repente, a saudade,
num turbilhão de visões e delírios,
mostrou-me desprendendo
do álbum da minha vida,
uma foto amarelada de gudes e pipas
e de meninos brincando na chuva.
Pedi uma fotografia
do amor que um dia queimou meu peito,
e senti fluir da brisa mansa que me afagava a face,
o mesmo perfume enfeitiçador,
que numa noite de estrelas e de lua clara,
exalou da pele da mulher sereia,
inebriando-me de volúpias doces,
de encanto afável, de promessas tenras
e depois se foi para seus mares sódidos de diversão,
deixando-me sozinho, de boca muda no cais da vida.
E no meio da solidão da noite,
pedi, numa prece aflita, para sentir
de novo aquele perfume: meu éter de existir -
mas não tive resposta alguma.
Nem um eco. Nem um reflexo.
Então entendi que as coisas enterradas
sob a lápide do desprezo,
jamais devem ser trazidas ao sol!