Vida Mais Morta
Trapos de mim.
Estou chorando minha própria morte;
Onde o coração, que já não era mais meu,
Desprende-se de meus braços
Deixando-me imune aos desesperos do sentimento.
E o amor?
O amor, que tanto fazia brilhar a alma?
O que houve?
Ah! O amor...
O amor tornou-se nulo.
Já não me pertence mais;
Ao meu ser invalidou-se.
Aniquilou em fim;
Toda vida que habitava em mim.
Que vida vazia,
Que vida mais morta.
Meu amor criou asas...
E nem levou-me consigo.
Meu braço direito,
Minha cara metade;
Deixou-me sozinho,
Restou-me a miragem.
Voou que nem vi,
Partiu para longe,
Sem dó nem piedade.
Tirou-me o sorriso,
Deixou-me a saudade.
Hoje ando sem rumo;
Procuro por um ninguém chamado alguém.
Estou perdido num sonho que diz:
Ela está naquela cidade,
Está em seu coração;
Cidade de amor e paixão.
Ela está em você,
Mas hoje te diz...
Não... não... NÃO.
Maximiniano J. M. da Silva - terça-feira, 23 de Maio de 2006