Um ruído é tudo que restou
Eu tinha aqui um lugar
Eu sentia a inadequação expulsada
Era pequeno demais para ser solidão
Agora há uma lacuna sem sobrar nada
Ainda existe esperança em toda esta tensão?
Morte e renascimento me são constantes
Mas como acostumar que perco parte de mim
Ao amputar o que me é dolorosamente importante?
A teia de aranha foi a mentira de que sempre levantarei
Pronto pra próxima batalha ainda que permaneçam estilhaços
Não quero me ferir ao tirar completamente lembranças de quem amei
Mas não deveria fazer pela metade o que é necessário
Você foi grande parte da minha vida
Como um olho para uma nova existência
Mas não tem porque te conservar dentro de mim
Já que te amar seria penitência
Me restam olhares indiferentes
A um mundo que não importa mais
Minha devoção em ruinas por uma falsa idolatria
Seu afeto unia em mim o que sozinho se desfaz