Um ruído é tudo que restou

Eu tinha aqui um lugar

Eu sentia a inadequação expulsada

Era pequeno demais para ser solidão

Agora há uma lacuna sem sobrar nada

Ainda existe esperança em toda esta tensão?

Morte e renascimento me são constantes

Mas como acostumar que perco parte de mim

Ao amputar o que me é dolorosamente importante?

A teia de aranha foi a mentira de que sempre levantarei

Pronto pra próxima batalha ainda que permaneçam estilhaços

Não quero me ferir ao tirar completamente lembranças de quem amei

Mas não deveria fazer pela metade o que é necessário

Você foi grande parte da minha vida

Como um olho para uma nova existência

Mas não tem porque te conservar dentro de mim

Já que te amar seria penitência

Me restam olhares indiferentes

A um mundo que não importa mais

Minha devoção em ruinas por uma falsa idolatria

Seu afeto unia em mim o que sozinho se desfaz

Psycho Vincent
Enviado por Psycho Vincent em 05/04/2025
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