Ensaio sobre o (des)amor
Alegoria catastrófica de tudo que já foi amor.
A tristeza do fim me toma com a timidez de um silencioso assalto, me tirando do estado de transe do amor que um dia foi. Com ela, me vem a falta de direção, o norte que se explodiu no ar e mais um monte de coisa que tá dando errado.
A poesia continua guardada na gaveta do esquecimento, da minha cômoda, com a nossa foto feliz, uma inveja irrompe meu coração, como eles podem esfregar na minha cara tamanho riso e brilho nos olhos? Estamos no fim.
O que antes era um conjunto de alegres palavras, se fez confuso, garatujas grotescas e desesperadas, nada mais faz sentido nesse lugar. O que ainda tem que acontecer pra eu aprender como se vive?
Poesia, dependo do seu abraço agora, agora que os braços que acalentavam minhas dores e alegrias foram embora, junto com a minha crença na longevidade do amor. De volta pra casa.