CORRENTES DO FIM

Prisioneira, infeliz, sem contato com o mundo

Se vê entre correntes, sem que ouçam sua voz

Ela nunca pensou, nem que por um segundo

Que amar de verdade, é ser bruto e feroz.

Entre a dor e o medo, o coração dispara

Um cárcere privado virou sua rotina

As palavras ferinas e um olhar crítico a encara

Sem respeito ou amor, o ciúme domina.

Um ciclo se encerra, de um amor sufocado

Palavras de insulto, ameaças no ar

Sentimento de posse, sem motivo alegado

Na sombra do medo, ela só quer sonhar.

No silêncio da noite, um grito contido,

Ela busca a paz, onde o amor se perdeu.

Um laço quebrado, um futuro perdido,

Mas ele não aceita, o respeito esqueceu.

Sentimento oprimido, sem voz e sem vez

Sem direito de escolha, de livre voar

Violência, opressão, muita estupidez

Fragmentos de vida, perdidos no ar!