“SE FOI DE MIM, NADA RESTOU”.
Se foi de mim...
O brilho que eu tinha,
E agora a dor mesquinha,
Maltrata meu coração!
Nada restou...
Da paz que eu almejava,
E a vida que eu sonhava,
Tornou mera ilusão!
Se foi de mim...
Os encantos de um amor,
E as feridas que causou,
São chagas mui doloridas!
Nada restou...
De meu mundo tão sereno,
Pois já me sinto pequeno,
Para curar tais feridas!
Se foi de mim...
Todos os sonhos que sonhei,
Tudo que sempre esperei,
Não passou de ilusão!
Nada restou...
Dessas forças redobradas,
Que fazia nas caminhadas,
A caminhar neste chão!
Se foi de mim...
Todo o desejo de viver,
Pois não consigo entender,
Todo meu interior!
Nada restou...
De toda a semente do bem,
Pois já não enxergo além,
Pela mágoa que ficou!
Se foi de mim...
Todo o senso de nobreza,
E agora essa tristeza,
Me invade o ser inteiro!
Nada restou...
Do altruísmo que eu tinha,
Só a saudade mesquinha,
Me remete ao desespero!
Se foi de mim...
Acreditar num amor real,
É esse o meu grande mal,
Num coração resiliente!
Nada restou...
De uma real perspectiva,
E das razões mais ativas,
Do ser torna-se ausentes!
Se foi de mim...
Tudo que eu mais queria,
O amor que todos os dias,
Me impulicionava a viver!
Nada restou...
Das coisas que mais amei,
E pra onde foram não sei,
Se faz melhor esquecer!
Se foi de mim...
A extremada insensatez,
Hoje em plena lucidez,
Diviso novo horizonte!
Nada restou...
Do que sempre planejei,
Só por isso agora eu sei,
Que não se vive do ontem!
Cbpoesias.
30/12/2024.