Poeta do Amor Que Já Vivi
Já vivi o amor, mas ainda o escrevo,
Com palavras que ecoam, mas não tocam mais,
Sei que o que senti foi real, mas se desfez,
Como chama que se apaga, como o tempo que nunca volta atrás.
Senti o calor de um abraço apertado,
O beijo que selou promessas e sonhos sem fim,
Mas como o vento que sopra e leva tudo embora,
O amor se foi, e eu fiquei só, perdido em mim.
Agora, escrevo sobre amores que não são meus,
Pinto no papel o que experimentei e vi partir,
Porque o amor, ah, o amor real tem falhas,
E eu, poeta, sou só um reflexo do que não pude resistir.
Já vivi o amor, mas ele fugiu de minhas mãos,
Como um sonho que se desfaz ao amanhecer,
Agora, escrevo sobre ele, buscando encontrar,
Em cada linha, a dor que me ensina a viver.
O amor que vivi foi feito de encontros e despedidas,
De promessas que não se cumpriram, mas que me ensinaram a crescer,
E, na escrita, busco aquilo que ainda falta,
Uma parte de mim que, no amor, aprendi a entender.
Escrevo sobre o que já conheci, o que já senti,
Talvez o que sonho seja mais sutil, mais profundo,
Mas sei que, no fundo, o amor está em cada palavra,
Que se perde no papel, mas encontra um lugar no mundo.
O amor que vivi me mostrou suas lições,
Mas, ao escrevê-lo, tento revivê-lo, sem temer,
Transformo a dor em versos, a saudade em poesia,
Porque, quem sabe, alguém possa sentir o que vivi, e entender.
E, enquanto escrevo sobre o amor que se foi,
Ainda acredito que ele não morre, só se renova,
Nas palavras de um poeta, que, mesmo só,
Carrega em si o amor que, no coração, nunca se aprova.