Meu Grito Tem Nome

Meu grito tem nome, mas ninguém escuta,

Sou criança, pequena, minha dor é oculta.

Nos sussurros da noite, em cantos sombrios,

Choro calado, preso em meus medos vazios.

Os olhos que deveriam trazer proteção,

Agora são fonte de tanta aflição.

As mãos que deviam me guiar no caminho,

Machucam, agridem, me deixam sozinho.

Sonho com um dia de paz verdadeira,

Com um abraço que não seja barreira.

Com palavras que curem, que façam sorrir,

E um lar onde eu possa apenas existir.

Mas enquanto isso, espero escondido,

Por um olhar que perceba o que é sofrido.

Por alguém que entenda o que não posso dizer,

Que me salve do ciclo de tanto sofrer.

Minha dor é um grito que ecoa na alma,

Um pedido de ajuda, de socorro, de calma.

Preciso que o mundo olhe para mim,

Que enxergue o que acontece, que me tire daqui.

Meu grito tem nome: é busca por vida,

Por infância roubada, por paz esquecida.

Por um futuro que ainda posso sonhar,

Se alguém ouvir e quiser me salvar.

Então, não desvie, não feche o coração,

A dor de uma criança merece atenção.

Juntos, podemos quebrar esse ciclo,

E transformar meu grito em um sonho possível.

Lucileide Flausino Barbosa
Enviado por Lucileide Flausino Barbosa em 11/12/2024
Código do texto: T8216855
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