Desconhecimento
No início, era um mar calmo e sereno,
Seus olhos, como estrelas, num céu ameno.
Te conhecer foi suave, como a neve,
Tocando minha alma, me fazendo leve.
O tempo, como a maré, veio a mudar,
E o que antes era claro, começou a oscilar.
Seus gestos, que antes eram poesia,
Se tornaram enigmas, em nova melodia.
O sorriso que eu conhecia, já não é igual.
Era lindo e a cada dia, se tornava especial.
Como a flor que muda a cor do seu brilho,
Você se transformava em espólio.
O que parecia eterno, se fez poeira,
O conhecido se escondeu, arisco.
Mas eu sigo, aprendendo novos ciclos,
Que no coração, tudo se move, tudo é um risco.
No fim, eu entendi.
É que conhecer alguém é perder para crer.
Mas continuo querendo saber:
Em que momento eu desconheci você?