Desconhecimento

No início, era um mar calmo e sereno,

Seus olhos, como estrelas, num céu ameno.

Te conhecer foi suave, como a neve,

Tocando minha alma, me fazendo leve.

O tempo, como a maré, veio a mudar,

E o que antes era claro, começou a oscilar.

Seus gestos, que antes eram poesia,

Se tornaram enigmas, em nova melodia.

O sorriso que eu conhecia, já não é igual.

Era lindo e a cada dia, se tornava especial.

Como a flor que muda a cor do seu brilho,

Você se transformava em espólio.

O que parecia eterno, se fez poeira,

O conhecido se escondeu, arisco.

Mas eu sigo, aprendendo novos ciclos,

Que no coração, tudo se move, tudo é um risco.

No fim, eu entendi.

É que conhecer alguém é perder para crer.

Mas continuo querendo saber:

Em que momento eu desconheci você?

Ranonzinho Oliveira
Enviado por Ranonzinho Oliveira em 29/11/2024
Código do texto: T8208261
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