Machado
Tem como eu não mergulhar nesse mar?
Como posso navegar num barco sem remos?
Se não há nem mesmo uma âncora pra jogar,
só um abismo profundo é o que temos.
Não tenho fome, sede...falta-me o ar.
A mesma coisa mostra diferenças no que vemos
e o futuro incerto apresentará
o que fomos nós e o que seremos.
Que o acaso inexistente seja justo
e que, mesmo apesar de alto custo
a felicidade bata a sua porta.
Do meu lado fico com o susto,
com a surpresa, com o impacto bruto
daquilo que golpeia e corta.