Poeta incerto
Prazer, meu nome é poeta,
E eu venho aqui desabafar,
Versos que dançam na brisa,
Mas no fundo, eu não sei amar.
Falo de amores que nunca vivi,
Canto a beleza que não sinto,
Enquanto os outros se entregam,
Eu só fico aqui, em um labirinto.
Vejo os casais sob a luz da lua,
Sorrisos sinceros, promessas no ar,
E eu me pergunto, com a alma nua:
O que é esse amor que não sei tocar?
Minhas rimas são só ecos vazios,
Palavras jogadas ao vento sem fim,
Tento escrever sobre sentimentos frios,
Mas o amor escapa de mim.
Queria entender essa chama ardente,
Sentir o calor que ilumina a noite,
Mas sou só um poeta sonhador e ausente,
Buscando um amor que nunca é meu açoite.
Então aqui estou, com o coração aberto,
Desabafando meu medo e solidão,
Prazer, meu nome é poeta incerto,
E amar? Ah, isso é minha prisão.