Visão do desamor

Choro com histórias de desencontros

E de amores perdidos por atrasos,

Porque sempre sofro muito e me assombro

Com as dores de nossos voos rasos.

Copiosamente meus olhos choram

Pelas palavras não ditas por medo,

Pelos caminhos que quase se tocam,

Pelas amizades que morrem cedo.

Às vezes choro como uma criança,

Dessas pequeninas ainda de colo,

Sempre que confronto a desesperança

E a aridez criada em nosso solo.

Talvez esteja o coração tentando

Com minhas lágrimas umedecer

Aquilo que o desamor foi secando

Na rudeza do moderno viver.

Poema do meu livro "O amor e os mistérios da sorte", disponível em e-book na Amazon.

Luiza Carvalho dos Santos Silva
Enviado por Luiza Carvalho dos Santos Silva em 05/11/2024
Reeditado em 07/11/2024
Código do texto: T8190045
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