Visão do desamor
Choro com histórias de desencontros
E de amores perdidos por atrasos,
Porque sempre sofro muito e me assombro
Com as dores de nossos voos rasos.
Copiosamente meus olhos choram
Pelas palavras não ditas por medo,
Pelos caminhos que quase se tocam,
Pelas amizades que morrem cedo.
Às vezes choro como uma criança,
Dessas pequeninas ainda de colo,
Sempre que confronto a desesperança
E a aridez criada em nosso solo.
Talvez esteja o coração tentando
Com minhas lágrimas umedecer
Aquilo que o desamor foi secando
Na rudeza do moderno viver.
Poema do meu livro "O amor e os mistérios da sorte", disponível em e-book na Amazon.