Metamorfoses

A vida me bateu, mas não me despedaçou,

Se parei, não foi por fraqueza ou por fim;

Era descanso, era pausa, era silêncio,

Um instante de espera guardado em mim.

Não estou acabada, não fui destruída,

Nem afundei nas águas da dor.

Fiquei como ostra, guardando o segredo,

Lapidando uma pérola em meu interior.

Era casulo, era sombra, era abrigo,

Em meio à metamorfose que transforma.

Aceitei morrer como uma semente no solo,

Para renascer em outra forma.

Pois quem me vê agora, não vê meu luto,

Mas a força que o tempo não deixa esconder.

Eu renasci do que parecia perdido,

E o que era fraqueza virou meu poder.

Que venha a vida, que venham as marés,

Sou borboleta, ostra, semente e raiz.

Entre quedas e voos, refaço minha história,

E na dança da vida, enfim sou feliz.

Veneno de Menina
Enviado por Veneno de Menina em 31/10/2024
Código do texto: T8186626
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.