Nas sombras do tempo
Nas sombras do tempo, caminhei só,
Cada passo um eco, uma sugestão de dor,
Amigos que vieram, deixaram eu só,
E em cada despedida, um pedaço de amor.
Risos que abraçaram, agora são névoa,
Memórias em fragmentos, como vidro quebrado,
Olhos que brilharam, agora se apagaram,
No cerne da vida, um coração despedaçado.
Pessoas que amei, como folhas ao vento,
Rostos que se afastam, enquanto eu permaneço,
Caminhos que se cruzam, um breve momento,
E o vazio ressoa, como um inato recesso.
É triste lembrar do calor das mãos,
Que antes se entrelaçavam no calor da amizade,
Agora são solidão, ecos de relações,
Quando o tempo se torna uma cruel adversidade.
Ainda assim, há beleza na dor,
Um aprendizado profundo nas marcas que ficam,
Pois perder é parte de um amor:
E cada partida traz lembranças que pinçam.
Então sombra e saudade, tornemo-nos amigos,
Na melancolia, um encontro sincero,
Ao olhar para trás, entre risos e brigas,
Fico com a lição de amar, sempre e de modo inteiro.