Minha sentença

Sempre fui apaixonado por você

Mas não tive coragem para confessar isso

Agora aguardo minha sentença

Minha punição pela minha

Falta de coragem

Ela envolve ouvir

Você dizer o nome de outro

Com a ternura antes dedicada a mim

Enquanto o afeto ao dizer o meu nome

Se esvai como tinta sendo expulsa

De papel

Ver você viver

Momentos que sempre sonhei

Viver contigo, sem minha presença

Minha existência, varrida por ondas

De esquecimento

É ser exonerado do cargo

De ser alguém estimado por você

Elicitado por lembranças constantes

Com puro carinho

E ser relegado ao posto

De ninguém, passível de

Esquecimento doloso

Caio Lebal Peixoto (Poeta da Areia)
Enviado por Caio Lebal Peixoto (Poeta da Areia) em 30/10/2024
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