Indiferenças
Para que aguentar a indiferença
De um amor que machuca e te destrói?
Se a rejeição é moinho que nos mói
E se existe tantos de tipos de querência
Muito longe da gangorra destrutiva
Eu só quero uma amorosidade ativa
Bem sentida e sem a tal ambivalência
Para que se arrastar ao quatro cantos
Por alguém que só te causa o mal
Se te tratam muito mais como rival
E até sentem prazer com os teus prantos
Corra disso e pare esse lamento
Bem melhor viver só ou ao relento
Do que essa alternância de acalantos
Se no mundo existe tantas pessoas
Tão bonitas e sem bipolaridade
Que se prestam a viver com equidade
Para uma construção de parcerias boas
Não aceite essa duplicidade amorosa
Salte dessa montanha russa escabrosa
Nunca mais tempestade, só garoas.
PG Alencar (20/10/2024)