Pegadas

Choveu do lado molhado

A semente lançada

Apodreceu dormente.

Adoeceu somente

Enquanto trabalhava

Estava fora inocente.

Onde foi parar

A palavra amor

O respeito pelo outro e sua dor

O míssil caiu aqui

A lua caiu no quintal

O mau tirou minha culpa.

Iluminem minha rua

Disobistruam meus pés

Os meus dias estão sem céu.

Ainda vivo esperança

Grito mudo

Giro surdo zueira curda

Tem um foguete caindo

Do outro lado da rua

Um grupo paga inocente os pecados

De outro grupo.

Antes do sol apagar

A lua deu seu aval

A vaca apagou a luz.

Vermes voadores

O calor da terra ardente

Aqui ainda ha sementes.

Me salva o salvador

Me cura o feiticeiro

O vinho não pode ser.

Me encanta esse novo cheiro

Me toma outra opção

Parti e voltei comigo.

O espelho já não é tão amigo

Mas por dentro

Ainda estou aqui.

O foguete agora volta

A missão está completa

Agora posso dormir.

Fui trabalhar sem remédios

Só posso comer metades

Tem pedras dentro de mim

Verde faz bem

Queimadas destróem a vida

Viva o destino previsto.

O amor pediu passagem

Se abrigou em minha cama

Não sou mais aflito

guedesharasmar@gmail.com

Geraldo Guedes Cardoso
Enviado por Geraldo Guedes Cardoso em 03/10/2024
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