E MANDA EMBORA
Bate, pisa, humilha,
Xinga e depois chora.
Toma as chaves,
Manda embora.
Grita chuta e esperneia,
Faz da vida uma luta,
Cai de joelhos na areia,
Pede para voltar.
Rasga todas as minhas roupas,
Joga tudo pela janela,
Faz escândalo na vizinhança,
Bate até panela.
Mais tarde me chama,
Diz que sua cama está vazia,
Se eu volto amoroso,
Manda que eu volte outro dia.
Faz fofoca sobre mim,
Diz que não sou o mesmo,
Que meu beijo é ruim,
E na cama sou um peso.
Fica na minha cola,
Não me dá um sossego,
Pede sexo como quem pede esmola,
Vai amargar o meu desprezo.
Já tirei daí minhas coisas,
Antes que você jogue fora,
Nunca mais entro aí,
Joguei as chaves fora.