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O poeta chorou nessa noite de setembro
Uma madrugada com demônios dispersos
Lagrimas desmancham a sua felicidade
Ele que tanto tentou ter o amor ao seu lado
Se viu fustigado a escrever supérfluos poemas
Sua imagem escorraçada transmite a dor
O poeta queria a sua amada para sempre
A ele só restaram a ilusão e a solidão
Sua escrita vai modelando em tristeza
Sua felicidade se esvaiu naquele dia
As noites de setembro são prenúncios
São lembranças que doem no coração
Esse poeta que imaginou o amor o rasgando
Sente as navalhas da dor cortar a sua alma
Lembrar do que deixou de ser
É o castigo que o poeta tem de pagar.
Otreblig Solrac - O poeta burro