Fim da alegria
Quando nos conhecemos,
éramos a encarnação da alegria.
Tu me alegravas,
mesmo quando te sentias abatido.
Não resistia ao teu sorriso.
Quando nos aproximamos,
meu coração explodia
de tanta alegria.
Enquanto alguns me alertavam: “Cuidado”,
eu sabia que, por dentro,
tinhas uma alma grandiosa
querendo mostrar seu verdadeiro eu.
Tu eras o doce
que poucos conseguiam ver.
O tempo passou
e nós permanecemos na mesma alegria.
Na nossa última conversa,
eu via um ser abatido,
morto pela sua própria expressão.
O encantado se foi.
Por dentro, eu chorava
pela tua morte fria.
Onde estão aqueles olhos vivos?
E tu, com tua amarga conversa,
repleta de palavras vazias,
secas pela dor.
Eu te amo,
mesmo sabendo que partiste,
pois sei que ali
existe um coração maior
na face da Terra.
Lembre-se...