Rastros de vidro

Sempre fui uma doadora,

Um coração que se entregava.

Cultivava meus dias

Na busca por um sorriso.

Olho para o céu,

Agradecendo a presença

Que um dia chamei de incrível.

Queria ser aquela

Parte completa da tua vida.

O chão parecia tão distante

Quando estava ao teu lado,

Mas a queda foi tão alta

Que me quebrou

Como cacos de vidro.

Minhas lágrimas,

Como fragmentos,

E tu, sorrindo,

Ao ver minha queda.

Um vazio se alojou em mim

E nunca mais partiu,

Nem com o tempo,

Mesmo depois que não éramos mais nada.

A dor continuou,

E as cicatrizes não desapareceram.

Espero te esquecer,

Como esqueci

Que um dia fui tua parte por inteiro.

Felipe M do Carmo e Anastásia
Enviado por Felipe M do Carmo em 03/09/2024
Código do texto: T8143473
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