Aos que Partem e Nunca Ficam
aos que nunca ficam, os dedico um pouco da minha dor.
aos que partem cedo, levados pelo vento,
às presenças fugazes que logo se vão,
deixando na alma, um vazio em vão.
são estrelas cadentes, que riscam o céu,
e logo se apagam, num triste véu,
são promessas feitas ao cair da tarde,
na esperança que com o amanhecer, se renove,
mas o tempo devora, sem piedade.
nossos olhares que cruzam, sem nunca ficar,
há silêncios profundos, difíceis de calar,
são vozes distantes, ecoando a dor,
de amores que foram, sem deixar cor.
dedico, então, a quem não pode ficar,
meu coração partido, a saudade a sangrar,
aos que levam consigo, pedaços de mim,
deixo este poema, em tom de triste fim