Deserto.
De nós, não sobrou mais nada.
Apenas uma lembrança, vaga.
Sem você,me considerava um nada
Em meio ao caos em que me colocava
Alma que me sabota.
Morango do nordeste, que me adora.
Seca minha boca e me devora,
Como vinho me adoça.
A amargura de duas poucas palavras,
me apavora.
Todo mês vou embora, sem volta,
Voltei,Fechara-me as portas.
Restos de um passado, areia que volta.
Rastros de memórias, não voltam.
Poeira me leva alguém, me deixa alta,
leva pra lá, jamais voltará.
No deserto de outrem já não há mais ninguém,
Me ajoelho, me alto sabotei.
Meu peito arde em feridas densas,
Sinto o desespero escorrer entre meus soluços.
Finco minhas mãos na areia para te moldar,
Infelizmente o vento pós a te soprar.
Com a sua ausência me acostumar
Do seu reflexo desencontrar, está melhor sem mim.
Jamais o mesmo será,
Esperei para um oásis encontrar, você não está lá.
Puis me a chorar,
Em seus braços quero estar.
Cansei de caminhar.
Volte, meu lar.