Bobo da Corte
Em teus olhos, um abismo vazio,
Um deserto árido, onde a alma se perdeu.
Quantas vezes fingi que eras meu abrigo,
Mas só encontrei sombras e um cruel adeus.
Marionete em tuas mãos, sem controle,
Dançando ao som de tua melodia.
Coração ferido, alma em descontrole,
Enquanto tu rias da minha agonia.
Bobo da corte, papel tão ingrato,
Amado e odiado, sem direito a voz.
Mas a dor que plantaste, um dia germinará,
E a verdade virá, como um raio de luz.
A justiça divina, lenta mas certeira,
Te alcançará, sem piedade.
E a solidão, como uma sombra sombria,
Te acompanhará, por toda a eternidade.