Pisando em brasas
Pisando em brasas ardentes,
Ousei dedicar-lhe os meus melhores passos.
De uma dança lenta e dolorosa,
Carbonizando em sincronia leal
A carne que se desprende dos pés,
O suor latente que escorre tímido,
Aquece o corpo a cada passo.
Consumido sigo o ritmo cambaleando,
O corpo queimando em chamas,
Os abraços do toque volátil,
Despertam o vulcão do desejo
Na erupção devastadora que se arrasta
No coração antes frio, que se derrete, se condena!
E o amante de outrora se extinguiu
Em sua própria combustão espontânea.