Pisando em brasas

Pisando em brasas ardentes,

Ousei dedicar-lhe os meus melhores passos.

De uma dança lenta e dolorosa,

Carbonizando em sincronia leal

A carne que se desprende dos pés,

O suor latente que escorre tímido,

Aquece o corpo a cada passo.

Consumido sigo o ritmo cambaleando,

O corpo queimando em chamas,

Os abraços do toque volátil,

Despertam o vulcão do desejo

Na erupção devastadora que se arrasta

No coração antes frio, que se derrete, se condena!

E o amante de outrora se extinguiu

Em sua própria combustão espontânea.

Poeta do vinho
Enviado por Poeta do vinho em 19/07/2024
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