Indiferença
Desejo despejar destilado
Em forma crítica agressiva
Sobre tudo de ruim que você
Fez contra a minha pessoa
As vezes nas quais agia
Mirando minha miséria
Velando valor meu
Testemunho, gosto de punho
Indecente incêndio de minha auto-estima
Faca de cucina, amizade assassina
Me tira de cima, me trancafia
Em jaula corrosiva
Poderia lhe causar avaria
Mas minha raiva alimentaria
Chama sua, o seu alimento
Sua calmaria, autoria de
Camaradagem abrasiva
Por isso, decido me retirar
Te abandonar, com sua limitada
Fonte de ar, mais algum tempo para
Queimar, antes de finalmente me procurar
Até perceber que não posso mais te tangenciar
Meu aviso silencioso do meu silenciar
Prelúdio do seu apagar
E o não mais
Transitar
Nem
Intoxicar