PANTOMIMA

Metódico, desprezível, nojento;

Caótico, miserável tormento!

Quem era? E o que acham de mim?

Me esforcei tanto que me perdi.

Mudei minhas batidas do coração

Só para acompanhar a desilusão.

Mudei meus gostos para agradar

A pessoa que sabia só reclamar!

Transvisto-me de algo exuberante.

Lembro-me... que irritante!

Face alegre, dentes cerrados,

Por dentro, despedaçado.

Afinal, o que falar de mim agora?

Mudei tanto, como voltar outrora?

Nesse poema procuro palavra que rima

A única que vejo é pantomima!

GEOVANO MEDEIROS
Enviado por GEOVANO MEDEIROS em 01/07/2024
Código do texto: T8097756
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