Ecos de um amor desfeito

Na vastidão de um céu cinzento,

Ecoa um grito de silêncio e dor,

O vento uiva, lamento sem alento,

Numa tempestade que apaga o amor.

Raios riscam o firmamento,

Rompem o véu de um sonho acabado,

Cada trovão é um tormento,

Eco de um coração despedaçado.

A chuva cai, lágrimas do céu,

Molhando a terra fria e escura,

Como um adeus, um triste réquiem,

De um amor perdido, sem ternura.

Na solidão de um mundo em pranto,

Os passos ecoam, vazios, ao relento,

E o desamor, como um manto,

Cobre a alma em eterno tormento.

Os dias passam, cinza e lento,

No horizonte, um sol que não se vê,

E a tempestade, cruel, sem tento,

Leva embora o que o coração não quer perder.

Dáhlio Figueiredo
Enviado por Dáhlio Figueiredo em 30/06/2024
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