Ecos de um amor desfeito
Na vastidão de um céu cinzento,
Ecoa um grito de silêncio e dor,
O vento uiva, lamento sem alento,
Numa tempestade que apaga o amor.
Raios riscam o firmamento,
Rompem o véu de um sonho acabado,
Cada trovão é um tormento,
Eco de um coração despedaçado.
A chuva cai, lágrimas do céu,
Molhando a terra fria e escura,
Como um adeus, um triste réquiem,
De um amor perdido, sem ternura.
Na solidão de um mundo em pranto,
Os passos ecoam, vazios, ao relento,
E o desamor, como um manto,
Cobre a alma em eterno tormento.
Os dias passam, cinza e lento,
No horizonte, um sol que não se vê,
E a tempestade, cruel, sem tento,
Leva embora o que o coração não quer perder.