Dignidade infortunada
O que que há velho poeta
do coração fragmentado
Acaso apaga a luz da vela
Que são seus olhos iluminados ?
O que será tolo poeta
do pensamento angustiado
Perdeu os sonhos numa aquarela
De cores lindas , pintou nublado.?
Por onde vai esse poeta
Da expressão de preocupado
Leva no peso das tragédias
Decepções e maus presságios ?
Vai descansar poeta triste
Do corpo quase sempre cansado
Tua alma chora por muitas coisas
Tua boca cala berros e brados ?
Neste milênio é desperdício
Valor e honra é medieval
Ninguém se importa com sacrifício
Cada um por si , é carnaval .