Prisão de Fogo: Odes à Ira do Amor Traiçoeiro

Amor, cruel tirano, despedaça-me a alma

Com promessas vãs e juras ocas.

Teu toque, queima, teu beijo, engana,

Desfaz-se em cinzas as palavras loucas.

Venenoso é teu abraço, cárcere da mente,

Açoite invisível, marca pungente.

Nas noites frias, gritos de dor,

Ecoam nas sombras de um falso ardor.

A traição, punhal cravado no peito,

A mentira, veneno suave e letal.

Queimou-me o coração, desfeito,

Neste jogo cruel e abismal.

E agora, ergue-se a ira, voraz tempestade,

Destrói os restos, cessa a saudade.

Amor, inimigo, detesto tua feição,

Queimarei tua lembrança, extinguirei tua prisão!

Dáhlio Figueiredo
Enviado por Dáhlio Figueiredo em 16/05/2024
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