Tango da Melancolia
No palco sombrio do amor, onde o silêncio ecoa,
Dança a tragédia dos sonhos que a dor abraça.
Em cada toque, a frieza da despedida,
No eco do adeus, a alma se perde na vida vazia.
Em cada olhar, a sombra da desilusão,
O amor, carrasco impiedoso, ceifa a ilusão.
Entre suspiros perdidos, lágrimas caem,
No coração dilacerado, a esperança desfalece em seu poema de dor.
No horizonte cinzento, a solidão se aninha,
O amor, lâmina afiada que corta e não cicatriza.
Nos escombros do afeto, a melancolia se insinua,
E na dança maldita do destino, a alma agoniza em sua busca incessante.
Mas mesmo na escuridão do abismo, um fio de luz persiste,
A lembrança dos dias dourados, que o tempo insiste.
E na cicatriz da alma, um sussurro de esperança,
Que no eterno lamento do amor, encontra a sua dança.