Tango da Melancolia

No palco sombrio do amor, onde o silêncio ecoa,

Dança a tragédia dos sonhos que a dor abraça.

Em cada toque, a frieza da despedida,

No eco do adeus, a alma se perde na vida vazia.

Em cada olhar, a sombra da desilusão,

O amor, carrasco impiedoso, ceifa a ilusão.

Entre suspiros perdidos, lágrimas caem,

No coração dilacerado, a esperança desfalece em seu poema de dor.

No horizonte cinzento, a solidão se aninha,

O amor, lâmina afiada que corta e não cicatriza.

Nos escombros do afeto, a melancolia se insinua,

E na dança maldita do destino, a alma agoniza em sua busca incessante.

Mas mesmo na escuridão do abismo, um fio de luz persiste,

A lembrança dos dias dourados, que o tempo insiste.

E na cicatriz da alma, um sussurro de esperança,

Que no eterno lamento do amor, encontra a sua dança.

Dáhlio Figueiredo
Enviado por Dáhlio Figueiredo em 09/05/2024
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