Metanoia d'Alma ferida

Hoje, transpiro lágrimas!

Na boca, doce sabor do fel,

O verbo solto, no ato revolto.

Alma, aos beijos no abismo,

Coração, sem prumo do fiel.

Hoje, clamo em silêncio!

Em gestos, de afago ingênuo,

No passo torto, que busca o Porto.

De alma nua, e joelho roto,

Num jogo bobo, de azar ambíguo.

Hoje, sou só pesares!

Na sua ausência, meu ser profano,

O meigo engana: cegueira insana.

A alma embala, falso consolo

No ato falho, de portolhano.

Hoje sou...

Lágrimas contidas,

O clamor oculto,

O pesar por sorte.

Sou… na verdade:

Nesse labirinto, não morte:

A alma à beira do abismo!

Geraldo Gabliel

Rolim de Moura, RO

1 de abril - no dia da verdade!

Gabliel Coelho
Enviado por Gabliel Coelho em 17/04/2024
Código do texto: T8044018
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