Desapegar de um amor doído
Você não imagina um quão número
de vezes olhei a foto do teu perfil
na esperança de que ela falasse comigo.
Querendo que ela aceitasse seus próprios erros.
Não imagina quantas vezes eu quis
acreditar que você realmente tinha se regenerado.
Que tinha jogado fora toda a arrogância,
que tinha baixado o nariz.
Você não imagina quantas vezes esperei sua ligação sincera.
Sua lágrima dolorida aceitando que não era nada daquilo.
Que o que você realmente precisava era o que eu te dava.
Você não imagina quantas vezes condenei minha felicidade,
Quantas vezes senti vergonha de não sofrer, como você me fazia sofrer.
De quantas vezes me olhei no espelho e balancei a cabeça me repreendendo,
por você não estar aqui me oprimindo.
Você não imagina quantas vezes saciei meus desejos, pensando que
era com você que deveria estar fazendo.
Não imagina como é tenso saber estar fazendo o certo e
a mente diabólica cutucar tua ansiedade dizendo que não era pra eu estar ali.
Você não imagina o quão difícil é desapegar de um amor doído, que judia,
que vicia da forma errada , que humilha, que impõe, que te tira as vontades,
que te mareja os olhos, que embarga a voz, que te consome o estomago,
te fere a pele, menoriza a alma e ri da tua cara.