Nossos sangues gritam desde as Áfricas

Nossos sangues gritam desde as Áfricas

Nossos sangues gritam desde o Atlântico

Nossos sangues choram desde as Lusitânias

Nossos sangues choram desde os Brasis

Estalam nos chicotes e cobre da cor escarlate

Nossos sangues gritam nas águas do Oceano

Nossos sangues gritam até nos saraus portugueses

Nossos sangues gritam nos troncos, eitos e alcovas

Nos chãos todos dessas terras brasílicas

Dentro dos cemitérios das periferias

Sangue de crianças, jovens, mulheres

Nossos sangues gritam e choram

De todos os tempos e lugares

E não conseguimos respirar

Vamos continuar procurando as justiças.

Rodison Roberto Santos

São Paulo, 08 de abril de 2024

Rodison Roberto Santos
Enviado por Rodison Roberto Santos em 08/04/2024
Código do texto: T8037047
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