Fantasmas

Achei que meus fantasmas eu havia vencido

Achei que meu clarão venceu a escuridão

Mas percebo que eu havia morrido

Havia o luto ainda em meu coração

Olhei para o relógio e o tempo parado

Eu que achava que os ponteiros pontuavam

Cada superação do passado

Mal sabia eu que nada marcavam

Assombro-me na casa do meu peito

Esperando os fantasmas partirem

Minha premissa não tem mais direito

As emoções não mais me permitem

Dentro de mim vivo enclausurado

O silêncio é meu mais alto grito

A voz não sai deste peito amargurado

Fantasmas tornaram-me um eu aflito