Não sou brisa, Sou tempestade...
Em meio à calmaria, sou tempestade,
Rugindo em desamor, na escuridão,
Não sou brisa suave, sou a verdade,
Que arranca raízes, sem compaixão.
Não meço forças, nem contenho mágoas,
Desabo em fúria, sem piedade alguma,
Não sou vento que passa e não abala,
Sou a tormenta que destrói a pluma.
Em minha passagem, destruo esperanças,
De amor e ternura, não sou portador,
Apenas ruínas, em minhas danças,
Nada além de dor, neste meu labor.
Não sou vento, que acaricia a pele,
Sou a tempestade que devasta o ser,
Em meu rastro, não há amor que se revele,
Apenas desolação, só o padecer.