Apesar dela
Dedico esta lamentação que por louvável teus olhos, de mais belas esmeraldas, digo que em ti não há mais o meu fulgor.
Que por tuas curvas, de grandiosa formosura, em teu colo não poderei mais acalentar-me.
Em meio as ondas de tuas mechas, o eflúvio doce que abrange teus fios, não vejo mais a bela noite destes cabelos negros.
Nego-me então que por tua pele clara, no toque suave destas alvas mãos, o carinho que um dia quis por me tocar.
Sinto que em meio a força de tuas palavras, na eloquência do teu saber e da arte que és no teu ser, a desistência em mim sofrerá ao vislumbrar-te no reflexo.
Quanto a perfídia que age sobre meus olhos, ante meu amor que possa eu negar então, vejo da luz em ti, haja eu de morrer em vão.