DE VOLTA AO TÚMULO
Lutei tanto que desisti,
Embora não quisesse
A minha única porta aberta
Era a solução de vislumbrar
O chão íngreme sob os meus pés
Tão pequenos que me assustava;
Era reter todas as lágrimas
Que algum dia ousei querer derramar
Com o intuito de liberar endorfina;
Ledo engano, esse meu despertar:
Não vieram as lágrimas, nem a raiva
E nem a dor que tanto anunciava chegada;
Apenas respondi calado ao sórdido efeito
Causado pela pretensa consciência
De que fui um brinquedo valioso
Nas mãos de quem jamais deveria me comprar.