Descontentamento II...
No crepúsculo de sonhos desvanecidos,
Reside um descontentamento silente.
No coração, ecos de suspiros perdidos,
Teço versos de uma melodia dissonante.
Em cada passo, sombras de desencanto,
Dança o lamento na trama do viver.
Descontente, o ser vagueia no quebranto,
Entre espinhos, sem promessa de renascer.
Os dias se vestem de um cinza desgosto,
Nuvens que obscurecem a luz da esperança.
Descontentamento, sutil descomposto,
Pinta o quadro da alma em desconfiança.
Que o vento da mudança sopre o desalento,
Transformando o descontento em luz.
Que a poesia da vida, em novo momento,
Cure as feridas, traga paz, e que a alma seduza.