Eu Queria Ser Um Som Agridoce no Piano de Fiona Apple
Abruptamente o tear dos dias
Funde-se no impasse de teatros
O prelúdio desaparece entre os olhos
E já uma outra geração que tem suas vontades ouvidas
Fale de histerias como se falasse de amores mal feitos
A ode pelo que é nocivo embrulha o estômago
O crivo desse Narciso as margens de um mar de espelhos
Tudo é a angústia egoísta de suas perversões
Quando há falta de encontro, escreva o beijo esvaziado
Dado a palavra que rompe com a auto rejeição
Não se esconda nas frestas dos outros
Assuma sua fantasia, a vista ou a queime
A espera de seu aceite
A cilada costura um culto
Que me faz vítima, que te faz viúvo
Até o discurso fora elaborado com esmero
Há receitas que serão confissões
Nenhuma delas ao teu interesse
Já foram tidas e exprimidas
Hoje são sulco do que se digladia
Mais do que tuas pupilas
Um precipício de rigores
Além de anzóis, guinchos
Içando meu corpo em cartaz
A luz que verte ao redor de luas
Era o blues que eu reinava em tua cortesia
A areia se formando entre meu exílio era lembrete
Que te intencionar com tanta gana era uma faca de dois gumes
A vigília derrubaria rosas de prateleiras
Escassa figura se contraí feito memória muscular
Afim de evitar meu nome, mas você sabe que já é março
Por fim, compreenderia: É o equinócio nos alinhado outra vez...