DESTRUÍDA
Hoje as dores esmurraram a porta,
Tarde da hora,
Enquanto eu me afogava
Em um coquetel de solidão.
Um molotov altamente destrutivo
Que enquanto consumido
Queimou meu coração.
Aquele meu amor, bem aquele,
Se deteriorava nas chamas
Fadado a perecer,
Virando cinzas sem forças ter
Para como uma Fenix renascer.
Hoje as dores arrebentaram a porta
E adentraram minha alma sem eu querer.
E eu, tarde da noite,
Me afoguei em álcool,
Querendo meu sofrimento esconder,
Fracassando com grande sucesso,
Fogo ardendo sob a pele
Sem ninguém poder ver,
Incendiando sem piedade
as lembranças de você.
Hoje as dores me bateram forte,
Sem eu ter como me defender,
Com golpes precisos me noucatearam,
Cambaleei e caí machucada,
Destruída e acuada,
Sem nada poder fazer.
Resquícios de vinho me fizeram entrar em combustão,
E depois de cremado meu coração,
Irei em altas labaredas me desfazer.
Lágrimas e lágrimas estão a escorrer,
Pois por tanto te querer
Novamente de amor estou a morrer.