Confesso

Confesso!

Me falta o nada e o tudo.

A vida seguindo num segundo de pesar

E pensar, de quantas já foram meu mundo

Tocando profundo, num toque, num beijo, num olhar.

Confesso!

Despertei tarde para a realidade

A maior verdade que já me fiz saber:

Que nunca houve ou haverá novidade

A vida é nascer, amar e morrer.

Confesso!

Já fui mal. Já fui anjo. Ja fui Carrasco.

Das coisas que fiz e que faço, de nada me arrependo

Ainda assim continuo remoendo, memórias de aço

Eu e elas, lado a lado, felizes ou tristes, vivendo.

Por fim... Confesso!

Nenhuma delas realmente me machucou

Houve uma, que acredito, me amou, sem jamais dizer ao vento

E ninguém, em nenhum momento imaginou

Que todas me fizeram como sou: Diverso, confuso, isento.