Amigos desacreditados e eu também.
Amigos desacreditados e eu também.
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Um amigo disse ontem que não tem mais esperanças de dar certo com ninguém e que a expectativa de vida dele estava pouca por conta da vibe que leva.
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Uma parte minha pensa semelhante, mas será que temos de esperar pela morte natural vir e ir embora assim?
Sei que somos um suspiro breve e queremos tudo rapidamente para ontem.
Em casos extremos, para agora. Perguntando-se a razão da demora.
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Acho que essa de dar certo, virou um quebra-cabeça complexo que se monta com os olhos fechados.
Tateando peça por peça na sorte da tentativa e erro, que uma possa encaixar-se.
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Parece ser um jogo de apostas, que surge a pergunta antes de terminar a partida. Você não quer parar e pegar a proposta que a casa paga para desistir.
Por conta da emoção e do alto risco, você descarta sair e perde tudo no final.
Logo quer sumir, pelo choque que levou do soco psicológico brutal em não parar ali.
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Para os desacreditados, acredito que o " Amor" vem como uma bala perdida. A gente não espera.
E eu espero veemente com o meu Colete Balístico antes de sair de casa, apenas por precaução desse amor para não ser um alvo fácil.
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Enfrento eu e a minha impaciência.
Se só o gostar for um jogo, Deus deve estar jogando dados para comigo em um RPG interminável e sinistro.
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Na hora do crepúsculo, termino na Cafeteria folheando páginas de um velho livro até ela fechar. Quando me dou conta, o segurança bate no meu ombro e insiste que eu saia do lugar.
Por eu ser o último estranho do mundo perambulando por lá.
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