Insone

Madrugada e o corpo sedendo em exaustão

Afundo na cama macia e o escuro me reconforta

Sem aviso, a mente entra em um turbilhão

Lembranças culposas arrebentam a porta

Há seis meses, me reviro nessa maldita cama

Noite, após noite, por um succubus atormentada

Ele insiste me arrastar de volta à lama

Rastejando pelos fragmentos, acorrentada

Agarro àquilo tudo que me sangra, viva em dor

Se de repente solto as amarras do passado

O que vai me restar de todo aquele louvor?

Quero esquecer, quero seguir... fato gozado

Minto em desespero ao inconsciente despedaçado

Fecho os olhos e torna-se quase real

M Baumer
Enviado por M Baumer em 27/11/2023
Reeditado em 27/11/2023
Código do texto: T7941211
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