Insone
Madrugada e o corpo sedendo em exaustão
Afundo na cama macia e o escuro me reconforta
Sem aviso, a mente entra em um turbilhão
Lembranças culposas arrebentam a porta
Há seis meses, me reviro nessa maldita cama
Noite, após noite, por um succubus atormentada
Ele insiste me arrastar de volta à lama
Rastejando pelos fragmentos, acorrentada
Agarro àquilo tudo que me sangra, viva em dor
Se de repente solto as amarras do passado
O que vai me restar de todo aquele louvor?
Quero esquecer, quero seguir... fato gozado
Minto em desespero ao inconsciente despedaçado
Fecho os olhos e torna-se quase real