CIÚMES OU PRELÚDIO DO FIM

Quatro calmantes, eu tomei, sem efeito.

Ainda não sei a razão de sentir tanto.

Nunca pensei em quão funda é a dor.

Não conjecturei a sua partida.

Não agora, não por isso!

Você tinha razão, eu devia ficado,

insistido para você me aceitar,

todavia, eu senti você me trocar.

Eu já não estava mais ali,

tremenda vontade de fugir!

Eu não queria ficar, você queria,

permaneci, mais tempo a me maltratar.

Trocada, eu sei, não foi o que viu lá.

Não conseguia aceitar, doloroso,

presenciar sua mão por ele a passar,

não conseguia , inimaginável!

Eu não fui embora, meu corpo ficou,

mas eu, meu eu, se desintegrou.

A cada carícia nele, sentia sua partida.

Então chorei, alto, ridículo, eu sei!

Queria que não me visse desabar,

não queria, não queria que acabasse.

Eu sei, provavelmente não era isso,

mas eu sentia outro no meu lugar.

Imaginei vários cenários de um fim.

O mais engraçado? Este nunca passou por lá!

Sai para andar, um pássaro morto,

nele senti meu ser, meu mundo a acabar.

Sim, eu tenho muitas coisas a tratar,

contudo, comuniquei, disse que estava a me magoar,

você continuou, pareceu não se importar.

Essa casa já não parece mais um lar!