Desabafos

Em silêncio, no eco da alma,

Desabafos perdidos no vazio.

Sussurros mudos, sem consolo,

A solidão tece seu sombrio fio.

No crepúsculo da confiança,

Segredos se escondem no peito.

Palavras não ditas, sombras densas,

Caminhos tortuosos, incerto leito.

A dor, um manto que só você veste,

Caminhando entre espinhos invisíveis.

Rostos, sorrisos, embaçados espelhos,

A verdade aflora em versos indizíveis.

A jornada solitária, passos hesitantes,

Lágrimas secas, testemunhas do interior.

No caderno da vida, escrita clandestina,

A poesia do ser, um enigma sedutor.

E no silêncio, ecoam as verdades,

Num balé de sombras, a dança da essência.

Desabafos sussurrados ao universo,

O poeta de sua própria existência.

Ao fim, descobre-se na solidão,

Um refúgio íntimo, onde o ser se encontra.

Pois na penumbra dos dias mais densos,

Resplandece a luz da autenticidade pronta.

Diego Schmidt Concado

Diego S Concado
Enviado por Diego S Concado em 20/11/2023
Código do texto: T7936227
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