Desabafos
Em silêncio, no eco da alma,
Desabafos perdidos no vazio.
Sussurros mudos, sem consolo,
A solidão tece seu sombrio fio.
No crepúsculo da confiança,
Segredos se escondem no peito.
Palavras não ditas, sombras densas,
Caminhos tortuosos, incerto leito.
A dor, um manto que só você veste,
Caminhando entre espinhos invisíveis.
Rostos, sorrisos, embaçados espelhos,
A verdade aflora em versos indizíveis.
A jornada solitária, passos hesitantes,
Lágrimas secas, testemunhas do interior.
No caderno da vida, escrita clandestina,
A poesia do ser, um enigma sedutor.
E no silêncio, ecoam as verdades,
Num balé de sombras, a dança da essência.
Desabafos sussurrados ao universo,
O poeta de sua própria existência.
Ao fim, descobre-se na solidão,
Um refúgio íntimo, onde o ser se encontra.
Pois na penumbra dos dias mais densos,
Resplandece a luz da autenticidade pronta.
Diego Schmidt Concado