Falsos poetas
Em versos traiçoeiros, dança a enganação,
Falsos poetas, na ilusão da criação.
Deturpam a língua, com rimas vazias,
Emaranhando sentidos, criam suas heresias.
Na pena desleal, a tinta se contorce,
Palavras maltratadas, a linguagem sofre.
Folhas manchadas, de um lamento indecente,
Dos versos que tombam, morre o verdadeiro eloquente.
Entre as linhas, um jogo de ilusões,
Falsos poetas, trazem confusões.
Trocam a essência por mero deslumbre,
No palco da poesia, a verdade sucumbe.
Oh, língua que chora, ferida e ultrajada,
Pelos versos distorcidos, pela rima maltratada.
Falsos poetas, com suas máscaras de arte,
Escondem a beleza, rasgam a poesia em parte.
Mas, no coração da língua, a esperança persiste,
De poetas verdadeiros que a honra resiste.
Que erguem as palavras com respeito e zelo,
Restaurando a língua, num poema singelo.
OBS* Poema inspirado na minha observação de quem distorce a língua portuguesa, que já é complexamente linda, mas que o fazem por pura moda passageira, só para se encaixar em grupos de pessoas vazias. Resumindo: "linguagem neutra".