VERTIGEM
Enquanto os dedos das mãos
Já não conta com os anéis
Dava corda no coração
Após sofrer o revés
E imaginar que ainda a pouco
Vestia sua melhor fantasia
Agora, refém do escopo
Ainda mais se exila
As paredes são de uma prisão
Sem ter cometido um crime
É noite atrás da cerração
Da cortina de gabardine
O sonho foi mesmo vertigem
Acordado tudo é diferente
Agora o que mais a aflige
Como olhar pra frente?
Se nos livros não há respostas
Melhor arranhar os discos
E do outro lado da porta
Prevalecer o imprevisto