APENAS UMA MENINA
APENAS UMA MENINA
Te conheci menina
Sem interesse maior
Porém, você cresceu
E me acendeu a chama do amor.
Sonho contigo toda noite:
Estando a toma-la nos braços
Afagando seus lindos cabelos
Beijando seus lábios molhados.
Acordava triste por ver
Que nada daquilo acontecia
Estava sozinho na cama
Numa noite tão vazia.
Meus olhos não mais se fecharam
Com medo de voltar a sonhar
E ver toda aquela beleza
Que me era impossível tocar.
Choro com vergonha de mim
Por querer uma menina
Tão meiga e pura, assim.
Mas nada posso fazer
O instinto que chega voraz
Me convence que sou incapaz
De refrear o amor tão ardente.
Ela é apenas uma menina
Mas que já sabe o que é amar
Gostaria de lhe mostrar a vida
A qual iria adorar.
Ela finge que não vê
Minhas investidas de amor,
Sorri a cada olhada
Corando de tanto pudor.
Chego a tremer de desejo
De tomá-la em meus braços sequiosos,
Meus olhos lançam um lampejo
Para ela que foge, com olhares receosos.
Sinto seu olhar sobre mim
Quando finjo que não vejo
Disfarço tão bem para ter
Seus lindos olhos em mim.
Caio num mundo de frustração
Por não fisga-la no meu coração
E assim desisto de vê-la
Ao saber que não tenho seu amor.
Bobagem a minha pensar
Que ela fosse um dia
Por mim se apaixonar.
(poesia escrita em 11/09/1984)