Felicidade a marcha a ré.

Maldita a noite que cai em meus braços, seja ela igual ou com todas as quedas diferentes.

Não há mais sorriso a esperar por ela! Sorrateira, ela me traz lembranças de coisas que não valem a pena, não quero mais. Me trás um futuro que também não quero e tento me adaptar...

Eu era feliz quando procurava a felicidade, pois ali sim, vivia intensamente!

Quando descobri que a tal felicidade era nada mais que um tapete, decidi me deitar e gozar da sua maciez!

Quanto mais rolava em cima dela, mas levantava uma poeira que grudava no meu corpo!

Tanta sujeira havia debaixo daquele tapete, tantas decepções, medos, complexos e coisas mesquinhas que decidi abandona la de uma vez!

As razões estavam todas pelo caminho por onde passei em busca dela!

Eram pessoas, coisas, lugares, comidas, bebidas e tudo que não percebi enquanto andava.

Farei o caminho inverso, deixarei de ser feliz e retornarei a busca, mas dessa vez sem nenhuma vontade de encontrá-la! Pois ela sempre estará disfarçada no sorriso de outra pessoa...

São Paulo, décimo nono dia do mês de Nossa Senhora, ano do nosso senhor Jesus Cristo.

Laudo Costa.

Laudo Costa
Enviado por Laudo Costa em 19/10/2023
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