Felicidade a marcha a ré.
Maldita a noite que cai em meus braços, seja ela igual ou com todas as quedas diferentes.
Não há mais sorriso a esperar por ela! Sorrateira, ela me traz lembranças de coisas que não valem a pena, não quero mais. Me trás um futuro que também não quero e tento me adaptar...
Eu era feliz quando procurava a felicidade, pois ali sim, vivia intensamente!
Quando descobri que a tal felicidade era nada mais que um tapete, decidi me deitar e gozar da sua maciez!
Quanto mais rolava em cima dela, mas levantava uma poeira que grudava no meu corpo!
Tanta sujeira havia debaixo daquele tapete, tantas decepções, medos, complexos e coisas mesquinhas que decidi abandona la de uma vez!
As razões estavam todas pelo caminho por onde passei em busca dela!
Eram pessoas, coisas, lugares, comidas, bebidas e tudo que não percebi enquanto andava.
Farei o caminho inverso, deixarei de ser feliz e retornarei a busca, mas dessa vez sem nenhuma vontade de encontrá-la! Pois ela sempre estará disfarçada no sorriso de outra pessoa...
São Paulo, décimo nono dia do mês de Nossa Senhora, ano do nosso senhor Jesus Cristo.
Laudo Costa.